Vampiros Gêmeos. Amy Blankenship

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Vampiros Gêmeos - Amy Blankenship


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as criaturas do submundo.

      Ele se virou quando o telefone tocou e agarrou-o antes que ele pudesse acordar o resto da casa.

      Tasuki não conseguiu se livrar da estranha sensação que ele teve desde que deixou Kyoko sozinha no estacionamento. Ele dirigiu por apenas alguns minutos antes de retornar e encontrar o local vazio. Ele amaldiçoou silenciosamente ao golpear o volante com frustração. Fazendo um oito ali mesmo no estacionamento, ele deixou a biblioteca... mas em vez de ir para casa, ele partiu para a casa de Kyoko.

      Quanto mais ele permanecia ali... mais desconcertante ficava até que ele não pôde se conter... ele tinha que ligar. Quando ela respondeu ao telefonema rapidamente, ele sorriu. "Graças a Deus você chegou em casa Kyoko."

      "Você é doente... você sabe disso?" O avô olhou de novo pela janela segurando o telefone próximo do ouvido. Ele levantou uma sobrancelha ao ver o carro de Tasuki estacionado a apenas algumas casas. "Ligar para uma senhorita a esta hora da noite!? O que você é, um pervertido?"

      Tasuki quase deixou cair o telefone enquanto toda cor escapava de seu rosto, para logo então voltar rapidamente de baixo para cima, fazendo suas orelhas arderem. Somente o velho conseguia fazer com que ele se sentisse como um completo idiota tão frequentemente. Fechando o celular, continuou a observar a casa de Kyoko, esperando que ela voltasse para casa. O telefonema confirmou que o avô dela definitivamente não estava indo buscá-la.

      Tasuki esfregou as têmporas e suspirou preocupado. Ela mentiu para ele... mas por quê? Olhando com raiva para o único alvo a uma distância razoável, ele estapeou o volante com as duas mãos, e depois mais uma vez para descarregar. Quando Kyoko encararia o fato de que ele podia cuidar de si mesmo? Bem, talvez não tão bem como ela... mas, ainda assim, bem o suficiente para ajudá-la em um apuro.

      Ele estava distraído com sua reclamação silenciosa quando ouviu um barulho perto de seu carro e estava prestes a olhar em volta, pensando que era Kyoko. Ele sentiu que algo atingiu a lateral de seu pescoço, logo atrás da orelha, fazendo-o inalar bruscamente enquanto as estrelas explodiam em sua visão.

      A cabeça de Tasuki caiu para frente, em cima do volante, fazendo-o desmaiar.

      Yuuhi tentou alcançar, pela janela aberta, o jovem, mas afastou a mão quando uma centelha de ametista disparou entre eles. A criança demônio calmamente olhou para seus dedos, depois voltou lentamente para o jovem no banco do motorista. Ser rejeitado só o fazia querer mais e o canto de seu lábio se curvou para cima na sugestão de um sorriso astuto.

      Ouvindo passos distantes, afastou-se do carro e olhou para a rua sentindo a proximidade dela. Voltando à escuridão novamente, Yuuhi esperou.

      O avô desligou o telefone com um sorriso sábio. Ele tocou o queixo se perguntando quando Tasuki iria tomar coragem o suficiente para tirar a virgindade de Kyoko. Ele havia lido nos antigos pergaminhos que, enquanto a sacerdotisa fosse virgem, ela seria um alvo ainda maior para os demônios. Mas, até agora, ele se recusou a dizer a sua neta para fazer sexo. Ele simplesmente desejava que Tasuki se apressasse e chegasse à puberdade ou algo assim.

      Ao ver o movimento no quarteirão de baixo, ele concentrou seus velhos olhos no carro de Tasuki... imaginando quando o menino iria crescer pelos nas bolas e partir pra cima. Havia algo na porta lateral do motorista, mas era muito pequeno para ser Tasuki, e muito rápido para ele saber o que era. Sua atenção foi tomada por outra sombra do outro lado da rua se aproximando.

      Suas sobrancelhas se juntaram quando as feridas dela apareceram. No que ela havia se metido? Algo apareceu atrás dela e seu olhar se colou nele.

      Quando Kyoko pisou na frente da casa, as luzes do detector de movimento se ativaram e ela olhou para a janela e acenou para seu vô. Quando ele não acenou de volta, ela notou o olhar em seu rosto e a amplitude de seus olhos. Ele estava olhando diretamente para detrás dela.

      "Bem... isso é esquisito." Olhando em volta, ela inspirou um suspiro gelado ao ver o estranho garoto a alguns metros dela. Ele estava imóvel como uma estátua no meio da rua. A única vida dentro dele era o seu rebelde cabelo de prata agitando-se na brisa noturna. Ela rangeu os dentes com seu próprio descuido... "Como ela poderia ter sido tão estúpida?"

      Yuuhi conseguia cheirar seu pânico e ficou surpreso com a rapidez com que foi substituído por uma raiva terrível. Seu olhar curioso se elevou para o velho abrindo a janela do andar de cima para eles. Ela estava protegendo ele? Ele deixou sua mente vagar por toda a casa e detectou mais duas forças vitais... uma era uma criança. Voltando o olhar para a menina, Yuuhi se perguntou se a criança do sexo masculino era irmão dela. Ela tomara seus irmãos... seria justo se ele tomasse o dela.

      "Nem pense nisso," advertiu Kyoko, vendo seu interesse em sua casa. Seus olhos se estreitaram com determinação à medida que o dardo espiritual se formava na palma de sua mão.

      Uma luz perversa apareceu dentro de seu punho e algo que Yuuhi não sentiu em mais de quinhentos anos varreu seu corpo sem vida... medo. Seus olhos de ébano se trancaram nos dela; sabendo que se ele tentasse pegar tanto ela quanto seu irmão... ele morreria naquela noite.

      A mente de Kyoko entrou em parafuso ao perceber que ela atraíra o pequeno demônio diretamente para sua própria casa. Ela colocara toda sua família em perigo e isso era algo que ela sempre evitou a todo custo. Ela podia sentir a aura de terror do menino chegando até ela enquanto ele permanecia em silêncio e imóvel. Em aparência... ele parecia ter a mesma idade que seu irmãozinho Tama. Porém, ela sentia que ele era muito mais velho do que isso, o demônio mais antigo que ela já teve a infelicidade de encontrar.

      "Eu vou dizer a ele que te encontrei," a voz sem emoção da criança sussurrou como um assombro, como se tivessem compartilhado uma conversa pacífica e longa.

      Ouvindo a porta da frente abrir violentamente, Kyoko rapidamente olhou por cima do ombro e gritou: "Vovô, volte para dentro!"

      Ela ergueu a arma e voltou para o demônio, pronta para lutar, gritando logo em seguida porque a criança não estava mais lá. Ela não sabia qual pensamento a tormentou mais. Vê-lo... ou saber que ele existia e não o ver.

      Fechando os olhos, Kyoko deixou sua força vital se espalhar em busca do gelado da aura dele. Não sentindo nada... ela deixou escapar uma respiração trêmula, sabendo que tudo havia mudado... e tudo em um instante. A única coisa que ela prometeu que não faria... era colocar sua família em perigo.

      Ela sentiu uma mão pesada pousar em seu ombro e rapidamente se virou... lançando-se nos braços de seu avô. "Desculpa... Eu sinto muito!" Lágrimas brotaram em seus olhos esmeralda. "Ele sabe onde moro... ele vai contar."

      O avô envolveu seus braços ao redor dela, sentindo o peso da perda dentro de seu peito. Ele teria que mudar a família de volta para sua outra casa perto do santuário sagrado antes do fim de semana terminar. Estariam mais seguros lá onde o chão foi abençoado. Esse já era o plano se algo assim acontecesse. Seus olhos ficaram cada vez mais tristes, sabendo que Kyoko não viria com eles. Eles a perderiam.

      Ele a segurou com força quando lhe fez uma pergunta para a qual já conhecia a resposta. "Vou levá-los para casa, Kyoko, mas o que você vai fazer?"

      "Diga adeus," Kyoko soluçou, e então enfiou seu desespero de volta para dentro de si. Ela deixou o incrível torpor tomar conta, sabendo que ela tinha muito a fazer antes do amanhecer.

      O avô lentamente a deixou ir e a observou entrar na casa antes de se virar e se dirigir para o carro de Tasuki. Ele suspirou, sabendo que ele teria que se certificar de que o garoto estava bem.

      Ao ver que o jovem amante estava inconsciente, ele murmurou: "Você sempre foi mais problema do que qualquer outra coisa." Ele abriu a porta e empurrou o menino para


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